Sebastião de Portugal


D. Sebastião, rei de Portugal - pintura a óleo atribuída a Cristóvão de Morais, patente no Museu Nacional de Arte Antiga - (tirada da wikipédia). A representação do rei vestido com armadura e acompanhado por um galgo retomam simbolicamente a imagética imperial do seu bisavô D. Manuel e do seu avô Carlos V da Alemanha.

Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá.
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há

Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem
Mais que a besta sadia,
Cadáver adiado que procria?

Fernando Pessoa, "D. Sebastião de Portugal", in Mensagem

Kommentare

  1. É sempre uma alegria voltar a ler aqui neste espaço.
    Abraços e sorrisos tribais :)

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  2. Anonym8/16/2008

    Este Fernando Pessoa tinha de facto talento.
    Eu como estudante que fui da sua obra poetica so consigo admira-lo.

    Rita

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  3. Um dos poemas da "Mensagem"... São todos tão conseguidos que nem sei de qual gosto mais.

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  4. Olá Teresa :D

    ha quanto tempo...!
    este é o meu poema preferido da 'Mensagem', pelos ultimos três versos... Talvez porque eu espero nunca vir a sentir-m um cadáver adiado, mas sim um ser vivo que concretiza o mais que pode...


    Mil beijinhos!
    >Mariana Silva

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