De Rerum Natura: CIÊNCIA E FÉ


Kommentare

  1. Bom-Dia Teresa

    Só venho dar os bons dias, estou doente e não me aguento de pé, volto logo, se estiver melhor.

    Beijinhos
    Isabel

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  2. Muito interessante este artigo!

    Compridito, mas com uma temática que se prende com uma das questões mais antigas da humanidade, para as quais sempre se tentou encontrar uma resposta.

    Curioso ainda esse ponto de vista (contrário ao de Marx, que via a religião como ópio do povo?) da religião ter contribuído para a sobrevivência do homem, enquanto membro de uma tribo com regras próprias. Chegar a qualquer tipo de certezas é que já é mais complicado, especialmente para leigos, uma vez que certamente haverá sempre quem argumente e fundamente as suas convicções, tendenciosamente ou não.

    Já a história do Galileu ser "perdoado" cerca de 400 anos depois da sua época, já com João Paulo II à frente da Igreja Católica, é um pouco anedótica. Mas também demonstra como durante séculos a Igreja se fechou perante evidências que contrariavam os seus dogmas...

    Enfim, alonguei-me um bocado! :)

    Saudações e um belo dia!

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  3. Já voltei há pouco, depois de ter lido a entrevista, mas só agora comento, baseada apenas no que li e na minha postura relativamente à natureza da Ciência e à da Fé.

    Todos os cientistas mencionados tinham, ou têm, grande capacidade de comunicar, de saber transmitir aos leigos matérias que exigem conhecimento.

    -A fé religiosa não pode ser aposta à objectividade científica.
    -Em qualquer investigação de natureza científica, independentemente da convicção religiosa de quem analisa, tem de haver objectividade, racionalidade, embora haja quem seja dotado de grande capacidade intuitiva, mas mesmo nestes casos a racionalidade e as bases teóricas constituem-se a principal fonte da investigação. Os fundamentos que levam à experimentação podem, no entanto, ser entrelaçados com o "dom intuitivo".
    -Onde há trevas a luz se faz, isto é, a forma surge da interiorização de dados soltos, constituindo-se na unidade da ideia, ou ideias, que na sua base permitiram compor a estrutura de um pensamento. A intuição e a racionalidade coexistem no nosso cérebro.
    -O intuitivo é todo aquele que possui uma grande capacidade imaginativa, mas isso não o impede de ser racional nos seus pensamentos.
    -A fé, segundo a minha opinião, move-se no plano da transcendência, num plano de relação da pessoa com a morte, se ela não existisse não haveria religiões.
    -"A ciência é a descoberta do mundo", não tem por intenção explicá-lo, já que se movimenta em teorias não dogmáticas, ao contrário das religiões.
    -A coexistência pacífica entre Igreja Católica e Ciência, na contemporaneidade, é relevante para a compreensão de um facto importante, o da flexibilidade das suas posições, mediante o aprofundamento e revisão dos fundamentos da própria fé, no que constituiem várias posições teológicas. E resta-me acrescentar que estas flutuações na Teologia se devem às interpretações da Bíblia, segundo o pensamento dos vários Doutores da Igreja, isto é, da perspectiva filosófica de cada um deles.
    -Os dogmas apenas servem para tornar a Igreja mais coesa.
    -Deste modo a Igreja evolui segundo a evolução da sociedades. Por tal as religiões e a história estão intimamente ligadas. É a própria Igreja Católica que fala na inserção histórica do Tempo, ou seja, de um Deus que participa na história da humanidade.
    -Para o cientista os dogmas atresentam-se como grilhões, do mesmo modo que o são para um artista.

    Fiz apenas uma suma do que li, não falei dos acasos porque é assunto demasiado complicado para dar a minha opinião, embora a tenha. Não coincide, no entanto, com a do entrevistado.

    Beijinhos
    Isabel

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  4. Querida amiga Teresa
    O eterno condicionalismo: quando se fala em religião, geralmente só se reconhecem as católica, protestante e muçulmana. Para se tentar elaborar um estudo sério relativamente à afinidade que tem de existir entre a Ciência e a Religião, não se pode descurar (geralmente de forma propositada) o trabalho realizado por uma figura histórica: Hippolyte Léon Denizard Rivali, nascido em Lyon, França, a 3 de Outubro de 1804 e falecido a 31 de Março de 1869. Foi pedagogo e escritor com o pseudónimo de ALLAN KARDEC e notabilizou-se como o Codificador do Espiritísmo, também denominado de Doutrina Espírita.
    Quanto ao trabalho realizado por João Paulo II não julgo poder entendê-lo como anedótico. Disse-o e eu li no jornal L'Osservatore Romano: "Não podemos julgar de ânimo leve factos históricos passados à luz da mentalidade actual".
    Beijinho grande.(Hoje publiquei)
    António

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