Os livros da infância de CCZ, ARTISTA MALDITO, TETÉ, ANA BALDNER e PEDRITA!


O CCZ respondeu:
Quanto à pergunta sobre os livros da minha infância, cá vai.
Sempre gostei de ler, sempre li e devorei livros... desde que me conheço.
Começo por estes dois que guardo com um especial carinho porque foram os primeiros livros sérios que eu me lembro de receber como prenda, estão no primeiro parágrafo deste postal:
http://balancedscorecard.blogspot.com/2006/11/da-service-profit-chain-at-ao-mapa-da.html
Livros que li na minha infância e que ainda me recordo: a série completa dos livros de Enid Blyton sobre os 5 e os 7 e vários outros de um grupo de miúdos que tinha uma catatua, a Didi.
Um livro do curso universitário da minha mãe chamado "A legenda Dourada" e que contava n histórias da mitologia grega e que eram simplesmente deliciosas e muito mais atraentes do que tudo o resto.
Tarzan, Robinson Crusoé, Robin dos Bosques, Ivanhoé, Lagardere; Os três mosqueteiros, a ilha do tesouro, os livros de Júlio Verne, Tintin, e as bandas desenhadas do Mundo de Aventuras e do Falcão.
Depois aos 12 anos comecei a ler os policiais da colecção Vampiro, e os clássicos de Agatha Christie... God, how I like Poirot!!!
Depois aos 15 anos cheguei a estes que me marcaram a "ferro"
http://balancedscorecard.blogspot.com/2006/08/s-para-mim.html

O ARTISTA MALDITO respondeu:
Tinha já um verdadeiro relambório e apagou-se tudo. Vou tentar relembrar o que tinha escrito. Quando estava a ler o texto da Teresa sorri porque li quase os mesmos livros, entre os seis e os doze anos. Entrei para o colégio aos cinco e já sabia ler e escrever. Aliás, o meu Pai só me oferecia livros, os da Condessa de Ségur e os da Vovó La-lá. Depois de ter feito uma birra e ter partido a primeira boneca que me deu decidiu-se pelos livros e pelos puzzles. Fascinavam-me as imagens dos cubos e foi assim que comecei a desenhar.
Li os Cinco e Os Sete... Joana d'Arc, mas já não me lembro do autor. De Júlio Dinis li-os todos, na mesma altura li também Charlotte Brontë, a autora preferida da minha Mãe. E li antes dos doze Crime e Castigo, Guerra e Paz. Quando nasci, os meus pais, por gostarem dos romances de autores russos, chamavam-me, se não estou em erro, Nabiusca. Li à socapa O Crime do Padre Amaro, mas não percebi nada, para ser sincera, nem entendia a razão de tanto mistério. Era proibido e foi por isso que quando o apanhei à mão fui lê-lo com um primo meu. Conclusão desta leitura, ficámos intrigados e nunca mais pegámos no livro, foi uma desilusão. Quando há pouco tempo fui ver o filme lembrei-me da história, se bem que pouco tivesse a ver com o livro. Outra desilusão. Agora quem não me desiludiu foi Anna Karenina e O Primo Basílio, lidos antes dos doze e percebi-os muito bem.
O primeiro poema que li, antes dos dez anos, foi Barca Bela e gostava de o recitar. Mais tarde enjoei de Almeida Garrett e no liceu até me custava lê-lo.
Mas A Menina dos Fósforos, O Soldadinho de Chumbo, A Princesa da Ervilha, O Rouxinol e o Imperador, O Gato das Botas, tantos que li, tinha uma pilha destas pequeninas histórias. E claro, da Condessa de Ségur, a história de Blondina, que foi um dos nomes escolhidos para uma gatinha que tive. Via as imagens da Bíblia desta autora, ilustrações de Gustave Doré. Dos contos da Vovó La-Lá lembro-me do Gato Mitsi. Algumas histórias eram bem tristes. Nunca gostei das chamadas leituras para rapazes, como Júlio Verne, passei a gostar mais tarde.
Estou a ver se me lembro de mais, os policiais comecei a ler por volta dos doze anos e os primeiros foram de Stanley Gardner, O Caso de... tal...O Caso...d'aquel'outro. Depois veio a Miss Marple e mais tarde Poirot. Adorava sentir a atmosfera de mistério e o típico ambiente british, os sofás cobertos com chintz...fazia sempre batota e lia o final a meio da leitura.
Sei que me vou lembrar de mais, mas agora não me recordo...assinava também revistas, estava a ver se me vinham à memória, mas não. Eram revistas mensais que vinham através das freiras, ainda mantive as assinaturas depois de ter ido para o liceu. Não vale a pena, já não sei como se chamavam. Antes dos doze fui obrigada a ler um livrinho de etiqueta, tinha de saber como escrever uma carta ao bispo, ao papa, etc. e como um homem devia beijar a mão de uma senhora(rsrs)!!!
E termino, vou ver se recordo mais.

A TETÉ respondeu:
Este é mais um desafio, que consiste em relembrar os livros que lemos na infância. Vou tentar ser sintética, senão sai daqui um lençoooool...
Sempre gostei muito de histórias, de modo que ao entrar na primária aprendi a ler rapidamente. Já sabia de cor e salteado os contos mais conhecidos, queria conhecer outros. Leyguarda Ferreira, na colecção Romano Torres, foi como se tivesse encontrado um filão numa mina. Suponho que ele não era propriamente escritor, mas reescrevia-as para as crianças (não sei se com algum fito moralista ou de censura, mas na época isso não me interessava rigorosamente nada). Certo é que o castigo da malvadez era digno de qualquer filme de terror. "O Pássaro Azul" é um dos poucos títulos que recordo dessa colecção. Aos 8 anos, durante umas férias em Santo Amaro de Oeiras, apanhei uma hepatite (sem Bs, nem Cs), que me obrigou a ficar de repouso. Para me manter sossegada, a minha mãe comprava Tios Patinhas, mas aquelas revistinhas liam-se rápido. Aí, um dia, apareceu com um livro dos Sete, da Enid Blyton. Li a colecção toda, depois os Cinco, mais tarde a das Gémeas e a do Colégio das Quatro Torres, fora um ou outro da mesma escritora, como "A Trinta Diabos" ou os "Os Seis Terríveis". Claro que que ao longo de alguns anos, não apenas naquelas férias "de descanso obrigatório".
A Condessa de Ségur, com a trilogia dos "Desastres de Sofia", "Meninas Exemplares" e "As Férias", a par de "O Génio do Mal" e "A Fortuna de Gaspar", também foi alvo das minhas predilecções, até que "A Menina Aguaceiro" me deu a conhecer uma nova escritora: Berthe Bernage! Outro maná, que só de de Brigittes são salvo erro 27, sendo que 25 dos quais ainda hoje figuram na minha estante. "Margarida Desfolhada" e "Margarida Voltará a Florir", e mais uns dois ou três encerraram esse capítulo. Começava a interessar-me por alguns clássicos, como "Mulherzinhas", "O Conde de Monte Cristo", "Ivanhoe", "David Copperfield", "O Parque de Mansfield", "Jane Eyre", "O Diário de Anne Frank", "As Aventuras de Tom Sawyer", "Os Sequestrados de Altona", mas não desdenhava romances menos literários tal como "John, Chauffer Russo" de Max du Veuzit ou "O Grande Industrial" de Jorge Ohnet.
Depois veio a fase dos policiais, de que já falei aqui a propósito de Agatha Christie, com numerosos autores: Erle Stanley Gardner (também com o pseudónimo A.A.Fair), Rex Stout, Georges Simenon, Raymond Chandler, Brett Halliday, etc. - todos com títulos muito semelhantes, praticamente impossíveis de recordar!
Que barulho é este? Estou a ouvir alguém ressonar aí desse lado?! OK, vou já terminar, assim antes do 25 de Abril de 1974 e no início da adolescência, porque policiais à parte, as leituras (obrigatórias ou não) passaram a ser outras e dava para outro relambório de livros e escritores... Ah, como é óbvio, o desafio segue para os que gostam de ler e o queiram apanhar!

Respondendo ao desafio a
Ana Baldner disse:
Desde criança eu tive contato com o mundo dos livros mas foi só aos onze anos que realmente passei a ser fanática por livro.
Quando era criança eu lia muito pouco, só livros de histórias e a que eu mais gostava era a dos três porquinhos.
Com onze anos, quando entrei para a 5ª série ginasial, minha professora de português pediu para comprarmos uma série de contos que tinha o título “Para Gostar de Ler” e A partir daí eu entrei de cabeça no mundo da leitura.
Minha escola tinha uma biblioteca que eu devorei e cheguei ao ponto de indicar livro para a professora responsável por ela .
Daquela época o livro que mais me marcou foi “A Ladeira da Saudade” de Ganymédes José. Li esse livro mais de onze vezes por alto.
Esse livro conta a história de uma adolescente paulistana que por estar em crise com a mãe é enviada a força pra casa de uma tia de seu pai em Ouro Preto, lá ela descobre não apenas que sua tia é maravilhosa como também descobre a história de amor do poeta Thomas Antonio Gonzaga por Marília e com ele também descobre o amor.
O autor descreve magnificamente a cidade de Ouro Preto pela qual eu sou apaixonada mesmo sem conhecer, acho que esse amor vem de outras vidas.
E ai... eu consegui responder bem ao desafio?

A resposta da Pedrita chega em breve.
Leiam também as leituras da Fadinha de 1/4 de Fada, que me desafiou.

Kommentare

  1. Já estava a ficar preocupada, pensei que a Teresa estivesse ainda com enxaqueca. Boa-Noite e até amanhã.

    Beijinhos
    Isabel

    p.s.Engraçado haver muitos pontos de contacto nas leituras de todas.

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  2. É realmente engraçado, como lemos quase todas os mesmos livros... :)

    Saudações de Lisboa!

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  3. oi querida, adorei as respostas de todos. engraçado como muitos de nós estamos em países e continentes diferentes, mas lemos obras semelhantes. fiz a minha e é o meu post de natal. beijos, pedrita

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