Düsseldorf - um conto de Inverno

A cidade jaz na neve profunda. À janela do meu quarto bate a neve levemente e chama-me para ir brincar com ela e tirar-lhe fotografias - a vaidosa. Faço -lhe a vontade. O céu está azul claro, tendo algumas nuvenzinhas tão brancas como a própria neve . O fluxo luminoso emitido pelo sol gélido dá ao dia uma nota alegre. Passeio vagarosamente pelo parque, enterrando as minhas botas numa neve de pelo menos 15 cm de espessura. Experimento uma ligeireza, que me agrada. Quando era adolescente escrevi – num dos meus primeiros contos - A neve que, há uma semana, caí sem cessar, bloqueia os caminhos. Nessa altura a neve existia apenas nos meus sonhos.

Kommentare

  1. E um sonho se tornou real!

    Teresa eu prefiro esta pura serenidade da neve às trovoadas intempestivas que a comunicação social sabe bem instrumentalizar.

    Em alguma parte do mundo alguém é feliz, noutra parte do mundo sofre-se, mas este conto traz paz, esperança, e isso é importante. A simplicidade de quem recebe com alegria uma dádiva tem sabedoria.

    Beijinhos
    Isabel

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  2. É esta a imagem do seu quarto?

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  3. Bom, a Isabel tirou-me as palavras do teclado: um sonho tornado real!

    Mas afinal existiam outros contos dentro da gaveta... ;)

    Fico a aguardar mais!

    Saudações de uma Lisboa fria, mas soalheira! :)

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  4. As minhas gavetas estao a abarrotar...

    O conto que começa:

    "A neve que, há uma semana, caí sem cessar, bloqueia os caminhos."

    é uma imitacao bastante barata das "Mulherzinhas".

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