“Oh, beware, my lord, of jealousy; It is the green-ey’d monster, which mock the meat it feeds on.” William Shakespeare, Othello Tal como acontece com tantas emoções humanas, William Shakespeare já disse tudo o que há para saber sobre o ciúme. E como ele transmite isso! A sua tragédia »Otelo« tem cativado milhões de espectadores por horas a fio desde 1603, dando a jovens e velhos, ricos e pobres, emoções iguais, espanto e comoção. O que o ciúme faz com uma pessoa? O que pode desencadear esse sentimento? Quais são as ações que o ciúme pode levar alguém a fazer? Alguns consideram o ciúme prova de amor, mas a maioria considera o ciúme puramente diabólico. Essas são as questões que Jo Nesbø explora nos sete contos de maneiras muito diferentes. O mais longo é simplesmente chamado de »Ciúme« O investigador ateniense Nikos Balli, que é especialista no motivo de assassinato por ciúme investiga na ilha de Kalymnos o desaparecimento de Julian. Ele e o seu irmão gémeo Franz estão apaixonados pela
Não fujam da catástrofe!
AntwortenLöschenNo ano de todas as crises, esta poderia ser a divisa de uma das mais controversas figuras do teatro contemporâneo: Howard Barker, dramaturgo inglês cujo labor visa a revitalização da tragédia e uma arte do excesso.
De novo na companhia de Rogério de Carvalho, o encenador que em Portugal melhor conhece os argumentos do ideólogo do Teatro da Catástrofe, As Boas Raparigas regressam àquele que pode ser designado como o seu autor fetiche.
Fazem-no apresentando Devagar, peça onde quatro princesas debatem o seu destino enquanto os bárbaros avançam em direção ao palácio, devastando a civilização e escravizando as populações. A honra exige o suicídio, mas o impulso de viver revela-se demasiado forte.
A esta peça de 2010 junta-se ainda um fragmento de Cinco Nomes (2011): o monólogo de um soldado mutilado que, entre a mendicância e a cólera, dialoga com um eremita invisível, empoleirado na sua coluna.
De Devagar não se pode esperar um espetáculo de digestão fácil ou consumo rápido. Este é um teatro árduo, que mobiliza o mito, a história e o presente, mas imensamente fascinante, ao operar nos limites da experiência humana, entre a beleza e a violência, a elevação e a sordidez.