O Poder das Trevas — Uma grande noite de teatro em Düsseldorf

 
Leão Tolstói escreve a sua primeira obra dramática séria em 1886, sendo
O Poder das Trevas uma verdadeira tragédia popular, uma "peça para o povo",
que logo consagra o autor russo entre os clássicos da criação dramática na Rússia  
e no estrangeiro. Já em 1887, o realizador francês André Antoine encenou O Poder das Trevas no seu Teatro Livre, em Paris.
De uma maneira paradoxal, a arte teatral, tão desprezada por Leão Tolstói por se tratar da "arte falsa", "cheia de convenção", de repente ganhou do escritor peças importantíssimas, como por exemplo, O Cadáver Vivo, em 1910.
No seu ensaio sobre Shakespeare, Leão Tolstói afirma que "somente pode escrever o drama aquele que tem o que falar a homens, dizer-lhes algo importante sobre a relação do ser humano com Deus, com o mundo, com tudo o que é eterno e infinito"

Piotr, aldeão rico casado em segundas núpcias com Anisia, uma mulher vaidosa e ambiciosa, dez anos mais nova do que ele, está preso à cama com uma doença terrível. Anisia está apaixonada por Nikita, um criado na casa do marido, jovem de 25 anos, com pretensões a Don Juan, e que encontra na patroa uma forma de ascender a outra sociedade. Com a ajuda de Matriona, mãe de Nikita, Anisia consegue livrar-se mais cedo do encargo do marido; Matriona quer que o velho morra para que o filho case com a Anisia, fique o dono da grande fortuna e a miséria dela tenha assim um fim. 
Numa linguagem grosseira e dura, o moralista e genial Leão Tolstói escreve uma história criminal de validade arcaica.

Kommentare

  1. Teatro é algo de completamente ausente em Macau :((
    Para que é que se tem tanto dinheiro se não se aplica nestas coisas básicas??

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  2. Anonym1/30/2013

    Já respondi ao seu comentário no On the rocks, Teresa. Tire os macaquinhos do sótão e venha de lá essa "estória". Mas, por favor, envie-adentro do prazo, ok?
    Beijinho

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  3. Bom, pela descrição mais parece antes o antigo e tradicional "golpe do baú". Em duplicado, pelos vistos... :)

    Beijocas!

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